segunda-feira, 28 de maio de 2012

O TAMANHO DAS PESSOAS



"O amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver.”

Joanna de Ângelis


“O tamanho das pessoas varia conforme o grau de envolvimento.
Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu,
quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravada.

É pequena quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a parceria nos sentimentos e nas ações.

Uma pessoa é gigante quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você.

É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro,
quando age, não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil viver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna outra.
Não é a altura nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...
É a sua sensibilidade sem tamanho!”

                                
        Redação do Momento Espírita


sexta-feira, 25 de maio de 2012

OBRIGADO SENHOR




“Costumamos pensar que nada nessa vida é gratuito e, portanto, quanta beleza recebemos gratuitamente cada dia e acolhemos isso com uma naturalidade tão grande que até nos esquecemos de agradecer.

O céu não nos cobra nada para nos mostrar as estrelas; o nascer e o por do sol são espetáculos onde o número de lugares é ilimitado e acessível a todos.

Os pássaros nunca cobram pelas lindas canções; as flores se oferecem voluntariamente com todas as suas variantes, tamanhos e formas.

E quanto tempo gastamos da nossa vida para dizermos, nem que seja por uma vez, graças Senhor, por nos ter dado tanta beleza?

A verdade é que pedimos muito e agradecemos pouco da vida. Somos capazes de gastar horas, mesmo dias, em lamentações, mas somos muitas vezes incapazes de gastar um minuto para agradecer. Faz parte da natureza egoísta de todo ser humano de pensar que tudo deve ser dado a ele.

Isso é uma balança muito desigual nos ombros de Deus. As pessoas jogam pedras demais e flores de menos. É tremendamente injusto!

Talvez, se pudéssemos achar mais equilíbrio entre aquilo que agradecemos por ter, teríamos muito mais para agradecer.

Deus deu ao homem a terra e tudo o que nela há; se não podemos desfrutar disso, é porque ao longo dos anos, os homens se esqueceram que o que recebem de graça, de graça se dá. Tudo,  então,  ficou transformado e chegamos ao caos onde estamos.

Mas ainda é tempo de agradecer.

Se começarmos a fazer um exercício diário de agradecimento pelas inúmeras bênçãos que recebemos (e que passam quase sempre despercebidas)  e se trocarmos isso por tudo o que queremos reclamar, tenho certeza que vamos ver a vida de uma outra maneira daqui para a   frente.

Agradeço, Senhor, pelo dia de hoje! Agradeço porque mais um dia se passa e continuamos em pé.

Agradeço, porque ainda resta um pouco do paraíso e que ainda podemos desfrutar disto. E agradeço,  porque meus amigos fazem parte desta porção de paraíso!”


                Letícia Thompson




Obrigada, Senhor, porque eu existo. E fostes Tu,
Deus de Misericórdia e Amor, que me destes a vida.
E, com a vida, tantas maravilhas para que eu aprendesse a Te amar.
Fostes Tu que me mostrastes o caminho do bem, da caridade e do perdão.

Fostes Tu que me ensinastes, desde pequenina, a amar a natureza com suas belezas sem fim.
Despertastes em mim, a imensa vontade de ser amiga e
companheira de meus irmãos nesta trajetória terrena.

Destes-me muitas coisas boas e, também, algumas ruins, as quais, com a Tua ajuda, eu consegui e ainda consigo transformar em bênçãos, que me auxiliam a compreender melhor o mundo e o que nele existe.

Agradeço por tudo, Senhor!
Como sempre fizestes, dá-me Tua mão nos momentos em que mais preciso de Ti.
Ajuda-me a seguir trilhando a jornada que eu mesma escolhi para viver.

Dá-me paz, saúde e muito amor para distribuir àqueles que tanto necessitam e, também, àqueles que, por motivos diversos, ainda não descobriram o Teu poder e a Tua misericórdia.

Te amo, Pai. E a prece é a minha companhia constante para conversar contigo. 

Que assim seja!





sexta-feira, 18 de maio de 2012

A CHARRUA DA EXISTÊNCIA TERRENA




“Uma fazenda serpenteada por caudaloso rio... Ventos suaves balsamizavam o ambiente naquela manhã outonal. Flores silvestres, multicores, formavam lindo tapete. Pássaros canoros iam e vinham. Musicalidade sublime patenteava na natureza.

Escreveu o Espírito Vianna de Carvalho: "A Natureza é um templo, no qual o coração se faz altar, convidando o ser à comunhão com a vida."

Encostado na cerca de madeira, observava eu, com o olhar lúcido, um trabalhador que movimentava a charrua (arado grande de ferro), no amanho da terra destinada ao plantio do arroz. Uma lembrança penetrou rapidamente o meu pensamento.

Certa vez, meu guia espiritual, solidário com o cipoal de dificuldades com o qual me deparava, disse-me afetuosamente: "Pegue a sua charrua e siga em frente, pois eu não o abandonarei nunca." 

Viandantes da estrada terrena, cada um de nós possui a sua charrua particular, nascida da herança dos próprios atos. Olhando aquele quadro, de meu inconsciente brotou uma frase, anotada de algum livro: "O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia, chegarão nossos pés." 

O homem e a charrua continuavam na sua faina...

Minha mente percorreu os hospitais, os cárceres, as favelas, os cortiços, os leprosários, os asilos, os orfanatos, os manicômios. São os portadores da charrua da dor e do sofrimento. Despontou em meu íntimo uma frase lapidar, emanada de um grande Espírito: 
"O rio das lágrimas tem suas nascentes no pretérito espiritual.
Há dores que funcionam como reparação de culpas, reeducação disciplinadora e dores que constituem o aguilhão, impelindo-nos para a frente."

O trabalhador, suarento, movimentava a charrua e afastava os pedregulhos encontrados.  Devemos converter as pedras do nosso orgulho em pães da humildade e do amor fraternal - recordava-me naquele instante de um escrito do Espírito Victor Hugo.

Um sabiá-laranjeira saltitava alegremente à procura de alimento, embelezando o ambiente. Ao longe, o gado passeava molemolente na pradaria. Pouco além, os silos guardavam as sementes que logo, logo seriam plantadas. Outro magnífico ensinamento, retirado de um romance espírita, eclodiu-me no cérebro: 
"Armazena os grãos da vida, aprimorando a terra íntima do espírito para fecundá-los oportunamente."  

Agradável aroma de terra revolvida era aspirado a plenos pulmões.
Leve chuva começava a cair, misturada aos raios de sol no horizonte. Educativa frase de um mentor espiritual surgiu-me na tela mental: 
"No terreno arroteado das nossas almas, as sementes, aquecidas pelo sol do amor, deverão germinar com maior pujança, sob a chuva das bênçãos divinas."  

E a charrua sulcava a terra... sacos de adubos lá estavam para serem depositados no terreno. 
"É sábio todo aquele que, da luta, retira os benefícios que o dignificam e deixa como adubo para outras conquistas, os cadáveres das paixões vencidas", escreveu o Espírito Victor Hugo.

Meditando sobre aquele instrumento de trabalho, dou meia volta e sigo outros caminhos, relembrando palavras do Mentor Espiritual Emmanuel: 
"É necessário que o homem sincero tome lições com o Divino Cultivador, abraçando-se ao arado da responsabilidade, na luta edificante, sem dele retirar as mãos, de modo a evitar prejuízos à “terra de si mesmo”."


             Daltro Rigueira Viana
              Fonte: O Reformador.



Que no labutar diário, nunca deixemos nossa charrua terrena sem trabalho. As lutas, os desapegos, os constantes conflitos interiores e exteriores de nossa vida devem ser vistos como oportunidades de crescimento e evolução.

Que procuremos nos afastar da inveja, do ódio, da crueldade, da maledicência, da ignorância e de tantos outros males que assolam os espíritos menos esclarecidos e, também aqueles que vêem,
nesses atos, uma maneira de fazerem a diferença em relação aos seus irmãos.

O esclarecimento adquire-se através do amor, da piedade, da compaixão, da vontade imensa de doação, da caridade, do perdão. Nem sempre o entendimento espiritual é encontrado nos livros mas sim e também, nos bons pensamentos e atos de bem praticados, com vistas ao auxílio daqueles
que mais necessitam.

Somos os trabalhadores que Jesus escolheu para que mostremos ao mundo o quanto se faz necessário cultivarmos as virtudes do bem.
Que possamos, pois, lembrarmo-nos da grande oportunidade que Deus nos oferece concedendo-nos a vida, e que somos perante Ele, eternos responsáveis e devedores de nosso plantio diário.

Que assim seja.



  




sexta-feira, 11 de maio de 2012

MINHA MÃE




"Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso fundamental.
Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.

Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazíamos na escola, meu irmão e eu.
Em nossa casa, nunca faltou espaço para colocar os quadrinhos, os desenhos, os nossos ensaios de escultura em barro tosco.
Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.

Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo (nosso lar), todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meu irmão e eu.
Fosse a disputa pela bicicleta, pela bola, pelo último bocado de torta, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar os dois, era sempre a mais viável, correta, honesta e ponderada.

Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom, quando eu precisava colocar no papel as idéias desencontradas de minha cabecinha infantil.
Ela me fazia dizer em voz alta as minhas ideias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento.

Descobri que minha mãe era enfermeira, com menção honrosa, toda vez que meu irmão e eu nos machucávamos.
Ela lavava os joelhos ralados, as feridas abertas no roçar do arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no asfalto.
Depois, passava o produto antisséptico e sabia exatamente quando devia usar somente um pequeno band-aid, o curativo ou a faixa de gaze, o esparadrapo.

Descobri que minha mãe cursara a mais famosa Faculdade de Psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado.
E, depois, na adolescência, o namoro desatado, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola.

Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.

Era também pós-graduada em Teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo de alguns livros existentes no mundo.
O seu, era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro, a presença de Deus.
Apontava-nos a fúria do temporal e dizia: Deus vela. Não se preocupem.
Alertava-nos a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que Ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.

Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava flores e vegetais com o mesmo amor. Quando colhia as verduras para as nossas refeições, dizia: Não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário.
Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los.
Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos Seus cuidados: alimentando as Suas criaturinhas.

Minha mãe, além de tudo, foi motorista particular. Não se cansava de ir e vir, várias vezes, de casa para a escola, para a biblioteca, para o dentista, para o médico, para o teatro e de volta para casa.

Também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá. E tudo isto em tempo integral.
Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na Espiritualidade.

E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na Terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de anjo guardião dos filhos que ficaram na bendita escola terrena."


            Redação do Momento Espírita.


Com este texto, saúdo e felicito todas as minhas amigas e seguidoras que são mães, pelo Dia das Mães.
Que sejam felizes neste e em todos os dias de suas vidas. Que Deus as abençoe e as proteja com Sua luz, Sua paz e Seu amor.
Feliz Dia das Mães!

Que assim seja!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

DIA DE LUZ




“O despertador toca e você acorda.
Abre os olhos e torna a contemplar as mesmas cenas do ontem.
Pela sua mente ágil, as dores sofridas passam em cenário cinematográfico.
Você sente o corpo dolorido e cansado.
Na boca, o gosto da amargura lhe fere o paladar, como gotas de fel.

Novo dia... Contudo, embora a noite de sono, não serão novas as lutas.
Os problemas financeiros não se solucionaram no intervalo de algumas horas.
A enfermidade que se abateu em seu lar não partiu.
Ao contrário, você a sente mais presente do que nunca, nos gemidos que já lhe chegam aos ouvidos.

Há que erguer-se do leito e retornar às lutas.
A mesma luta.
Você sente desânimo e pensa: "por que não me tirou Deus a vida, enquanto dormia?
Sinto-me exausto. Não desejo mais sofrer, nem lutar."

No entanto, os minutos correm céleres e há que retomar as atividades.
Entre a tristeza e o desalento, você se ergue e abre a janela.
Neste instante, o sol lhe bate em cheio na face e inunda o seu quarto.
Faz-se luz e a luz espanta as trevas.
É novo dia, informa-lhe o sol.

Há alegrias no ar e cantam os pássaros.
A brisa da manhã o envolve e a natureza toda o convida a reformular suas disposições íntimas.

Pare um instante.
Encha com o ar renovado da manhã,
os seus pulmões.
Respire profundamente.
Contemple o azul do céu e dirija ao Criador a sua prece.

Prece de gratidão por mais um dia na carne.
Em vez de rogar a Deus que lhe tire do corpo, rogue-lhe forças para o combate.
É dia novo.
Você não pode imaginar o que a Divindade lhe reservou para hoje.

Pense em quantas pessoas almejariam estar em seu lugar, agora.
Enfermidade, dor, desemprego são problemas a serem administrados e equacionados, ao
longo da existência.

Recorde que a divindade lhe providenciou um dia de luz para você treinar, outra vez, a disciplina, a paciência, o perdão.
Não perca a oportunidade.
Não jogue fora as chances de crescimento
e resgate.

E hoje, enquanto você sofre, luta e espera, alegre-se com os sons da vida, com o sorriso das crianças, com o colorido da natureza que o Pai dispôs especialmente para você.

Sorria.
As lutas poderão ser semelhantes, mas não idênticas.
Porque dia como este, nunca houve e não haverá outra vez.
Deus não se repete.

Detenha-se a descobrir detalhes e observe a riqueza que o circunda.
Amigos, colegas, brincadeiras, abraços.
Nada será igual ao que já foi.
Desfrute deste dia integralmente, porque dia igual a este, só se vive uma vez.

Pense nisso!
Cada dia é bênção nova.
Cada minuto é oportunidade espontânea de crescimento.”



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Repositório de Sabedoria.



A cada dia é mais um degrau na escada da existência. Cabe-nos, sentar no degrau e
chorar nossas fraquezas e desânimo? Cabe-nos a espera de que algo mude no horizonte que divisamos além?
Será esta a coisa certa a fazer?

Por mais difícil que sejam os problemas que enfrentamos, nunca será oportuno parar e ficar na estagnação, enquanto os outros sobem, ávidos pela chegada ao cimo, eliminando etapa por etapa, os entraves da vida.
É certo que, se pararmos agora, amanhã teremos que refazer o mesmo trajeto e, talvez, com maiores dificuldades para subir.
Tudo o que ocorre conosco não é por acaso.
Nossa jornada terrena, planejada por nós mesmos, quando ainda na espiritualidade, pode ser um caminho áspero e árduo porém, através dele é que ocorre o aprendizado mais importante de nossa existência: viver!

Vamos tentar, nesta caminhada que o Senhor nos concedeu a fim de que evoluíssemos, fazer com que o tempo não nos chame à razão, por estarmos fracionando o cumprimento de nosso dever de casa.

Vamos olhar a natureza e aprender a amar o que Deus nos presenteia a cada dia que surge. Quem de nós ainda não observou a manhã que renasce, depois da noite enluarada e estrelada, o canto dos pássaros nos alegrando, o sol iluminando a Terra e nos mostrando todas as belezas existentes para nosso deleite e admiração?

Quem de nós ainda nunca parou para admirar o orvalho caído sobre as folhas, dessedentando-as
do calor do sol? Ou as flores que nascem nos canteiros do mundo, belas e perfumadas? Ou o
olhar terno e o sorriso límpido e lindo de uma criança, ao acordar, pela manhã?

Tudo e muito mais que isso é vida! E, não nos custa nada. Nada pagamos para ter este paraíso a nosso dispor.
Sabem o que está faltando, neste encantador cenário?
Agradecer a Deus pela grandiosidade disto tudo que o ser humano recebe do Pai.
E agradecer numa prece sentida e cheia de emoção, pelos dias de luz que recebemos.

Que assim seja! 


quarta-feira, 2 de maio de 2012

TESOUROS DA ALMA




“Ensinaste paciência, amparando inúmeros ouvintes. No entanto, se em teus dias de provação tombaste na sombra da inconformidade e da rebeldia, debalde te reportaste aos lauréis da serenidade e da tolerância, em se tratando de ti.

Destacaste o valor das dificuldades, nas trilhas do mundo, induzindo muita gente à aceitação dos próprios deveres. Todavia, se à frente dos obstáculos que te obscureceram a senda, entraste em amargura e desesperação, não te valeram as teorias esposadas, em matéria de paz e compreensão.

Hipotecaste afeto aos seres queridos, propiciando-lhes alegrias e bênçãos, mas se nos dias de separação e mudança, caíste em desânimo e revolta, o amor autêntico ainda não te habita os domínios do ser.

Exaltaste a fé, sustentando legiões de companheiros da humanidade. Entretanto, se em teu próprio tempo de aflição, te desnorteaste nos cipoais da desorientação e da dúvida, o estado de confiança na Divina Providência te haverá sido mero ensaio, à longa distância da sublime realização.

Ensina e ajuda sempre, a benefício dos semelhantes, porquanto instruir e reconfortar constituem preciosos investimentos na Contabilidade do Universo, garantindo-te altos rendimentos na estrada a percorrer.

Certifica-te, porém, que se as vicissitudes da Terra te furtam os valores do espírito e ainda te vês sem calma nas tribulações, sem entendimento na angústia, sem ternura pelos entes amados, quando chega a hora de crise em tuas construções afetivas, e sem apoio íntimo, nos momentos de aflição, isso é sinal de que ainda não reténs contigo semelhantes talentos, de vez que, em verdade, só possuímos os tesouros da alma que foram tremendamente sacudidos pelos sofrimentos da vida e ficaram em nós no tempo do coração.”


                      Emmanuel

              Do livro Passos da Vida, 
            de Francisco Cândido Xavier  
              por Espíritos Diversos


Muito frágil se torna nosso auxílio aos irmãos que tanto necessitam, quando a boca fala aquilo que o coração não sente.
A internalização e a compreensão se dá, na medida em que nossa mente absorve as lições e aprendizados que nós próprios assimilamos, através dos estudos, conhecimentos e de nossa própria vivenciação.

Assim, grande é a importância de recorrermos a fatos que a vida se encarrega de nos mostrar, qual fosse uma tela de cinema.
No afã da ajuda, muitas vezes deixamos a desejar, pela nossa imperícia em lidar com as emoções alheias.
Muitas vezes, não sabemos nem tentamos buscar os meios para lidarmos com as nossas próprias emoções e, sem parar para pensar nisso, resolvemos buscar alternativas para auxiliar os outros.

Mesmo sendo válida esta ajuda devemos, num primeiro momento, buscarmos nosso equilíbrio
interno e, a partir daí, atender aqueles que nos cercam.
Uma palavra de conforto, por exemplo, para quem sofre por uma perda afetiva, deve ter por esteio uma sólida base de compaixão aliada à compreensão da imortalidade da alma e suas conseqüências.

O amor ao próximo deve pautar nossas ações.
Este amor manifesta-se através do carinho, do respeito, da compreensão, da amizade, do zelo, enfim, de tudo o que brota do coração, feito
tesouros da alma.