quarta-feira, 29 de junho de 2011

SERES DA NOVA ERA






"Há quem pense que as pessoas da nova era são os jovens ou as crianças do mundo, porque supõem que cada nova era produz a sua própria colheita. Mas
não é assim. No passado, tivemos pessoas que estavam 3.000 anos à nossa frente em seu modo de pensar. Ser da nova era não tem nada a ver com a idade de uma pessoa,
mas com as expectativas e a realização. Não é a idade do
corpo que significa, mas a consciência. Se sua consciência age em harmonia com o plano espiritual, se sua vida como um todo reflete a sua consciência, se você pensa e age
em termos de uma só humanidade, de um só Deus, se sente que não pertence a si mesmo
mas à humanidade, se está desenvolvendo e
aperfeiçoando seus poderes intelectuais e, também, suas qualidades do coração, seu amor e compaixão pela vida como  um todo, se está tentando transfigurar
sua personalidade através do correto viver, sentir,
pensar e intuir, se está economizando o seu tempo, energia e recursos para oferecê-los ao bem estar de todos
, se está dissolvendo o medo, o ódio, a

inveja e o ciúme através de sua própria vida e de seus
pensamentos, se está construindo pontes entre uma
pessoa e outra, entre uma nação e outra e desejando o bem supremo para todos, se está expandindo o seu horizonte para o Cosmos e aprofundando sua humildade à
luz do mesmo, se é agradecido pela existência como um
todo, se é capaz de compreender as flores, as árvores, os pássaros, os animais e os seres humanos em seu amor...  Então você é uma pessoa da nova era, uma criança da nova era, e está no caminho para Deus.
Você é uma tocha ardente, conduzindo a humanidade da escuridão para a luz, 

do irreal para o real, da
morte para a imortalidade, do caos ao mundo ideal."
                                                  
                                                            H. Saraydarian


Já há tempos que estamos nos preparando para o despertar de um novo mundo. Há tempos também, sabemos que a nova era se aproxima, ou seja, a passagem da Terra de mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração. Na medida em que expandimos nossa consciência, estamos exercitando condições para enfrentar esta nova realidade.


Na nova era seremos muito mais exigidos em termos de conhecimento espiritual, pois o ser humano, alma por excelência, deverá ter maturidade e esclarecimento acerca de si e dos demais que com ele convivem. Deveremos estar sintonizados com nossa consciência, que nos dará os parâmetros de comportamento necessários à convivência sadia e destituída de quaisquer preconceitos que poderão, se existirem, tolher os propósitos divinos em relação aos homens.


Muitos espíritos desta ordem já encontram-se entre nós. Aqueles que crêem em num mundo melhor, com menos violências, flagelos e catástrofes, podem, com certa facilidade, distinguir e reconhecer estas almas benfazejas enviadas por Deus para preparar o caminho às demais que deverão vir.  São pessoas boas, de coração doce e meigo, de hábitos sadios e objetivos claros, que demonstram seu amor ao próximo, exercitam a caridade, repartindo o que possuem com os menos favorecidos, humildes e iluminados, que apreciam e respeitam a natureza, enfim, seres dotados de algo mais sublime e mais puro.


Estes nos ensinarão a viver com dignidade e sabedoria. Serão nossos mestres no caminho  da evolução. Talvez não cheguemos a conhecê-los a tempo. Porém, os que aqui ainda permanecerem, terão oportunidade de apreciar seus talentos e sua cultura. Quiçá consigam compreendê-los e segui-los. 


Serão espíritos cuja força residirá em sua humildade e brandura. Serão bons por excelência. Suas atitudes farão mudanças de ordem pessoal, moral e social no mundo. Não haverão mais guerras entre os povos, pois todos entenderão que são iguais perante Deus e que a cada um será dado conforme seu merecimento. 


A vida material não terá grande sentido, de vez que o espírito evoluído entende que seus verdadeiros bens encontram-se em seu coração. E, pensando em seu próximo, o homem da nova era será feliz, pois o que traz a verdadeira e real felicidade é o fato  de  poder dividi-la com seus irmãos necessitados de amor, carinho, compreensão, caridade e perdão.


Como já citei acima, talvez não alcancemos esta transformação do mundo. Fica, porém, a satisfação de termos conhecido almas que se encontram entre nós com estas características que aqui enumeramos e que agradecem a Deus a oportunidade de trazer à Terra mais amor e compaixão.


Continuemos nossa caminhada, agradecendo a Deus pela vida e  rogando a Ele que nos abençoe e nos proteja sempre, iluminando nossa existência com amor, paz e harmonia.


Que assim seja!













domingo, 26 de junho de 2011

ATIRE A PRIMEIRA FLOR



"Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar 
o primeiro passo certo.
 Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, 
acenda você a primeira luz.
Traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando,  tente você o primeiro sorriso.
Talvez não na forma de lábios sorridentes, 

mas na de um coração que
compreenda, de braços que confortem.
Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca 

do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.
Quando ninguém souber coisa alguma, e você  souber um pouquinho,
seja o primeiro a ensinar,  começando por aprender 

você mesmo, corrigindo-se a si próprio.
 Quando alguém estiver angustiado à procura de algo, 
consulte  bem o que se passa,
talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.
Daí, portanto, você deve ser o primeiro  a aparecer,  
o primeiro a mostrar-se,
pois você pode ser o único e,  mais sério ainda, talvez o último.
Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.
Quando a flor se sufocar na urze e no espinho,
que sua mão seja  a primeira a separar o joio, 

a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.
Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave.
Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja 
a  primeira proteção e o primeiro abrigo.
Se o pão for apenas massa e  não estiver cozido,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, 
aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora.
 Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu,
sua atenção primeiro para  aquele que foi esquecido.
 Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.
 Quando tudo for espinho, atire a primeira flor e
seja o primeiro a mostrar que há  caminho de volta,
 compreendendo que o perdão regenera,
que a  compreensão edifica, que o auxílio possibilita,
 que o entendimento reconstrói.
 Atire você, quando tudo for pedra,
a primeira e decisiva flor."

Glácia Daibert


Este texto reflete a realidade daquilo que acontece com muita frequência em nossa vida. Quantas pessoas julgam os outros sem, muitas vezes saberem até, o porquê de tal julgamento. Tornam-se "maria-vai-com-as-outras", pelo simples prazer de fazer de um assunto qualquer, uma grande fofoca. E é aí, neste momento, que o ser humano perde a grande oportunidade de calar e, calando, dar ao seu irmão a chance de não ser apedrejado por quem não conhece suas razões de ter agido da maneira como agiu.


Quem de nós pode julgar seu irmão, se juntos estamos na busca do aperfeiçoamento moral e espiritual e junto labutamos na jornada terrena, muitas vezes, tropeçando, caindo, levantando e continuando a longa caminhada que nos levará até o final de nossos dias, quando então, estaremos prontos para partir levando na bagagem de nossa alma, aquilo que aprendemos e colhemos e, também, o que fizemos ou deixamos de fazer.


Na escola da vida, somos como sementes que Deus atira ao solo, no plantio. Germinar, crescer e dar bons frutos depende apenas de nós. Cada um é responsável pelos seus atos e por suas palavras. Jamais alguém poderá fazer a nossa parte. Estamos todos envolvidos neste maravilhoso processo de evolução.


O mundo precisa urgentemente compreender que é necessário existir mais amor entre as pessoas. Só o amor é o elemento essencial para o crescimento e a prosperidade de um povo. Por que tanto ódio, tantas discórdias, tantas revoltas, tantas guerras entre irmãos? Se pudéssemos ver os olhos de Deus neste momento, veríamos olhos cheios de lágrimas, por ver seus queridos filhos em uma luta insana e sem propósito.


Quantos e quantos seres ainda terão que retornar à matéria, para reedificar suas histórias e tentar reverter o quadro que aqui deixaram, antes de seu desencarne. Alguns, creio eu, talvez nem voltem durante um grande espaço de tempo, ficando seus espíritos, a vagar nas sombras do umbral às voltas com seus desafetos. 


Ensina-nos a Doutrina Espírita, que é possível voltar deste terrível lugar, se verdadeiramente nos arrependermos do mal que praticamos, pois nosso Pai de amor sempre nos dá uma chance. E mais, Sua eterna bondade nos beneficia com o parcelamento de nossas dívidas, isto é, se os erros são grandes ou muitos, podemos voltar para o devido resgate tantas vezes quantas se fizerem necessárias para que, aos poucos, possamos nos redimir de nossas culpas.


Portanto, desde que o ser humano compreenda a razão de aqui estar e qual a tarefa a ser cumprida, realizando-a com amor, com gratidão a seu Criador, levando a harmonia e a paz onde quer que esteja, amando ao próximo como a si mesmo, estará fazendo a sua parte como protagonista da história da humanidade.


Viemos para amar. E, o amor que distribuímos aos nossos semelhantes deve ser isento de qualquer interesse. Viemos para dar e receber carinho, esperança, luz, entendimento, bondade, enfim, todas as virtudes que se espera que as pessoas cultivem e distribuam entre seus irmãos.


Que, em qualquer situação onde haja a intenção de atirar pedras em quem quer que seja, atiremos flores, ou melhor, que sejamos nós a atirar a primeira flor. 


Que assim seja! 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

BENDITAS MÃOS



"Benditas sejam essas outras mãos!...
Dos que, não as possuindo, prendem o pincel nos lábios
 e são exímios artistas...
Dos que, delas sendo desprovidos, valem-se dos pés, 
qual se delas mesmas se valessem...
Dos que, embora não possamos vê-las, tem-nas em constante atividade 
nos cotos de seus braços...
Dos que que reaprendem a utilizá-las nos limites da paralisia...
Mãos mais sadias que as sadias mãos dos ociosos...
Mãos mais belas que as belas mãos que nunca se calejaram...
Mãos mais ágeis que as mãos que jamais agiram em socorro de alguém...
Benditas sejam essas outras mãos!...
Mãos mais vivas que as mãos voluntariamente mortas 
nos braços inúteis de 
quem não serve! "

Irmão José, pela psicografia de Carlos A. Baccelli



Um dia, eu as vi. Mãos de uma mulher rogando a Deus para que lhe mandasse um anjo de presente. Era um coração materno batendo com a sofreguidão e o anseio de receber o primeiro rebento. E, lá do alto, quando eu ainda estava no mundo espiritual, marcamos um encontro. E esse enlevo maravilhoso entre nós durou nove meses, ao final dos quais eu vim ao mundo da carne. E senti, pela primeira vez nesta reencarnação, as benditas mãos de minha mãe me acariciarem. Foram elas, as primeiras mãos que eu conheci nesta vida. Mãos de amor, de um calor humano e de ternura inconfundíveis. Eram as mãos dela, de minha mãe. Tocavam-me devagarinho e com tanta delicadeza que senti no profundo de meu ser o quanto era esperada e amada.

As mãos de uma verdadeira mãe são incansáveis e plenas de doação. São elas que nos ensinam os primeiros passos, nos levam à escola pela primeira vez, nos ensinam a orar a Deus, nos mostram os caminhos do bem e nos entregam à vida, para que possamos ser nós mesmos, escolhendo nosso rumo na trajetória que devemos realizar.


Benditas mãos! 


Mãos ... de um pintor que usa  infinitas cores que nos sensibilizam com as nuances que apresentam, nos encantado em quadros maravilhosos;
Mãos ... de um cirurgião, que opera milagres em nossos corpos, retirando órgãos doentes e,  transplantando de um ser para outro, órgãos vitais para que a saúde se restabeleça;
Mãos ... amigas e carinhosas que ensinam nossas crianças a ler e a escrever, preparando um futuro que lhes cabe, como personagens do amanhã;
Mãos ... que socorrem, que ajudam, que ampliam horizontes, que mostram o bem e condenam o mal;
Mãos ... que lutam nas guerras, que empunham armas, que enxugam lágrimas, que procuram no lixo o seu alimento, que sentem medo, fome e frio;
Mãos ... que afagam, que protegem, que plantam, que colhem, que preparam o alimento, que constroem abrigos, que dirigem uma nação;


Benditas mãos!


De amor, de caridade, de justiça, de benevolência, que promovem a paz e a harmonia entre os povos.


Benditas mãos! 
De nosso Pai Maior que as usou para criar todas as coisas que existem no mundo.


Benditas Mãos! 
De Deus nos abençoando e nos indicando o melhor caminho a seguir.


Que essas benditas mãos continuem a afagar nossos sonhos e a abençoar nosso futuro; a nos mostrar a importância de dar sem olhar a quem; de oferecer o ombro amigo aos que choram; de enxugar o pranto aos que sofrem; de usar de carinho e respeito para amenizar as dores do irmão que padece com os desvarios de sua desdita.


Pai, dá-nos o entendimento necessário a fim de que possamos usar nossas mãos da melhor maneira possível para com nossos afetos e desafetos utilizando-as, inclusive, para perdoar sempre, exercitando o amor em sua plenitude.


Que assim seja! 


















quarta-feira, 22 de junho de 2011

VIVER BEM

                                                                                
"Por toda a vida todos procuram o melhor para si. A depender das condições em que nos encontramos, estamos sempre a estipular qual seria o real objeto de nossa felicidade.
Quanto mais adentramos a reencarnação, adensando nossa alma nos limites de um corpo físico, mais nos deixamos seduzir por todas as ilusões que o mundo nos oferece, como se elas fossem realmente fazer-nos felizes.
Assim, ilusão a ilusão, distanciamo-nos cada vez mais de Deus e nos deixamos envolver por almas sem escrúpulos, na Terra e fora dela, fazendo com que assomem as más tendências que, certamente, irão nos provocar dores na mesma intensidade com que esquecemos que somos espíritos imortais.
E, às vezes, ainda na vida terrena, costumamos nos perguntar: "O que, afinal, é viver bem?"
E as portas da Espiritualidade se abrem para que as vozes dos que já abandonaram o mundo e suas ilusões, possam dizer que viver bem é saber tirar da dor, a maior lição; da riqueza, o melhor sentimento; da luta, a coragem; da doença, a força de continuar.
Mas, acima de tudo, viver bem é nunca nos esquecer que o mundo é trajeto obrigatório, porém não permanente, e que nosso grande destino é sermos viajores das estrelas, herdeiros dos bens imperecíveis em busca de Deus, ou seja, viver bem é não esquecer a nossa procedência divina."

                                      
                                  Esp. Maria do Rosário del Pilar




Este texto nos diz tudo quando nos questionamos sobre o que é viver bem. Se bem pensarmos e guiados pelos sentimentos que trazemos dentro de nosso coração, viver bem significa ter para com todos o mesmo amor, a mesma harmonia, o mesmo desprendimento que nos dá o sentido do dever cumprido com relação à convivência com nossos companheiros de caminhada.


Viver bem tem um amplo significado. Não pode viver bem quem não gosta de si mesmo, não aceita nem admite comportamentos diferentes do seu, achando que sempre está com a razão, não gosta de animais, não curte um jardim florido, não admira uma música , etc.Em suma: quem assim procede, deixa de ser aquela companhia que qualquer pessoa deseja ter ao seu lado, em seu ambiente de trabalho, em seus momentos de lazer e por aí vai.


Em primeiro lugar, quem não gosta de si, não pode jamais gostar de outra pessoa. A não ser que costume agir com hipocrisia. E pessoas hipócritas conseguem enganar por algum tempo, mas não por todo o tempo. 


Por outro lado, não podemos confundir viver bem com o fato de possuirmos muitos bens   materiais. A materialidade dos bens é efêmera, como tudo o que venhamos a ter pensando somente em nós mesmos e no poder que disso advém. Isto é passageiro e nada conta a nosso favor na história de nossa passagem pela Terra. Saber dividir - eis a questão.


As posses terrenas, as fortunas, são meios de que se serve Deus para testar a nossa fé, o nosso desapego e, também, a caridade como forma de altruísmo de nossa parte. É claro que necessitamos dos bens materiais para que possamos viver neste mundo. Mas nada pode ser tomado com exagero. Ter o suficiente para que possamos viver com honestidade e, na busca de sempre dividir o pão, como Jesus fez  quando por aqui andou.


Quantos exemplos Cristo nos deu. Seu nascimento, numa simplória e singela manjedoura, nos mostrou seu espírito puro e simples desde sua vinda ao mundo. Sua história de vida traz-nos exemplos magníficos de uma vida comum e louvável. Enquanto os tiranos da época eram reis e imperadores, cuja maior satisfação era mandar matar as pessoas contrárias aos seus desmandos, Ele com toda Sua humildade, contribuía para deixar-nos um legado de paz e amor.


Como esquecer a nossa procedência divina se fomos criados à imagem e semelhança de Deus? Somente aqueles que se afastam da perfeição espiritual, fruto do apego exagerado à matéria e às paixões desenfreadas pela riqueza e pelo poder. Deus nos experimenta  quando dá ao pobre, a resignação e  ao rico, o emprego que este dá aos bens e ao poder, pois que estes incitam aos excessos.


Dessa forma, viver bem é sentir no fundo de nossa alma as dores dos que ladeiam conosco os caminhos, por vezes tortuosos, desta existência. E, no sentir a dor alheia, compreender  e estender a mão amiga para auxílio e amparo. Viver bem é amar, do fundo do coração, todo aquele ser que, sendo nosso irmão em Deus, sofre pelas dores das doenças, pelos flagelos da vida, pela miséria, pela fome, pelo desabrigo e pelo frio.


Que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir para reconhecer, no irmão que conosco compartilha  a experiência na carne, a nossa própria condição de alma endividada em busca da evolução e do progresso.


Que assim seja!




















sexta-feira, 17 de junho de 2011

O EXEMPLO DO MAR


"Você sabe por que o mar é tão grande?
Tão imenso? Tão poderoso?
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros
abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro, com alguns centímetros acima de todos os rios,
não seria mar, mas sim uma ilha.
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.
A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.
Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.
Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte,

até porque esta não existe e, sim
 a continuação da vida em um outro plano."


Paulo Roberto Gaefke


Se cada um de nós parássemos um pouco para pensar sobre fatos que aconteceram em nossas vidas até então, dariamo-nos conta de que inúmeras vezes já estivemos envolvidos em circunstâncias que nos deixaram para baixo, outras tantas para cima, em conflitos gerados por perdas, erros, etc.

O ser humano constrói sua vida através de um processo de alternância no que se refere à busca de seu progresso e entrosamento na sociedade em que habita. Ora estamos num patamar positivo em nossa carreira profissional, por exemplo, e ora estamos, por motivos que agora não vêm ao caso, em um patamar negativo. Isto é uma obviedade no desenrolar de nossas vidas.

Nem sempre tudo é um mar de rosas. E pode-se condicionar esta afirmativa com relação a todos os setores ou meandros de nossa existência. Tudo isso porque o homem, em sua incessante procura pelo lado mais fácil em atingir seus objetivos, esquece-se de pensar antes de agir e de escutar seu coração quando precisa tomar decisões que podem mudar sua rota, seu caminho.

À vezes, torna-se muito mais fácil percorrer uma distância mais curta e mais aprazível para chegar ao objetivo desejado. Porém, nem sempre esta é a forma ideal do percurso a ser feito. No caminho, sempre haverão barreiras. Qual de nós nunca enfrentou alguma ou muitas dificuldades para obter um diploma universitário, por exemplo? Quem de nós jamais teve um problema de saúde, quando não poderia adoecer porque recém teria conseguido um emprego que lhe daria o sustento? Ninguém foge à regra geral.

A vida é uma escola em que estamos matriculados compulsoriamente. Não podemos, inclusive, faltar a nenhuma aula, sob pena de estarmos negligenciando a sublime edificação de nossa própria história. Nossa presença deve ser constante e consecutivamente firmada, porque aos faltosos e inadimplentes com seu compromisso assumido quando aqui aportaram, trará pesadas consequências para uma posterior encarnação.

Nessa estada aqui na Terra, caímos, erramos, perdemos, sofremos. Mas é mister que também lutemos para erguer-nos, acertarmos, ganharmos e sermos felizes. Na medida em que nossos pensamentos nos apontam o melhor caminho para seguir, estaremos criando uma barreira de luz à nossa volta, incitando-nos ao bem e à nossa vitória. E só o bem nos fortalece. O bem que nos traz momentos de paz, de harmonia, de saúde, de progresso e de evolução de nossa alma.

Só através da prática do bem, estaremos caminhando ao encontro de um futuro de luz e felicidade. E agora, muito mais do que nunca, em todos os cantos do universo, este bem deverá estar presente. Nestes momentos mais cruciais em que o mundo enfrenta inúmeros flagelos de toda a sorte, nosso olhar deve dirigir-se ao alto, rogando a Deus que perdoe a todos aqueles que ainda estão na escuridão do desconhecimento da verdade.

A cada um de nós cabe meditar sobre tudo o que se passa no mundo de hoje. Sejamos aqueles que, embora grandes de alma, como o mar, apresentemo-nos humildemente pequenos para aproximarmo-nos dos que precisam ainda do crescimento moral e espiritual, a fim de cultivarem, em seu coração, o amor e a caridade.

Não precisamos do orgulho, da inveja, do egoísmo, do poder e, muito menos de nos sentirmos em posição mais alta em relação aos outros. Precisamos, isso sim, exercitar a humildade, a vontade de ajudar, o perdão, o carinho e a benevolência para com todos, indistintamente. Só assim, estaremos fazendo jus a nossa vinda a este mundo. Só assim estaremos sendo cristãos verdadeiros e dando oportunidade ao resgate de nossas pendências pretéritas.

Que assim seja! 












terça-feira, 14 de junho de 2011

CAÇADORES DA FELICIDADE

   
"Em cada ponto da Terra, todo dia o homem se levanta com um desejo comum à toda humanidade: ser feliz. E nesta busca, tantas vezes desenfreada, louca, passional ou silenciosa, passa pelos dias. Talvez porque nunca tenha conseguido definir dentro de si mesmo o significado do que é ser feliz. Como caçadores inábeis saem em busca deste misterioso tesouro, sem nenhuma pista. E, nessa fantasia, consciente ou não, de ser feliz, poucos se tornam livres para mergulhar dentro de si mesmo e descobrir o verdadeiro sentido da vida. 
Desconhecendo a função da alma, vivem à procura de fórmulas mágicas para tornar eterna a matéria, açoitados que são, diariamente, pelo temor de morrer. Ao homem só é ensinado que deve ser um vencedor, nunca que as perdas muitas vezes são responsáveis pela mutação que faz o crescimento. Constantemente o ouvimos murmurar: quando eu tiver uma casa, um carro, dinheiro, jóias, eu serei feliz. E quase sempre o surpreendemos infeliz e vazio quando de posse destas “felicidades”.
O autoconhecimento é um caminho árduo que traz à tona todas as fraquezas, medos, egoísmos e outros dragões de que queremos fugir e não enfrentar.
Mas se utilizarmos a nossa coragem para descobrir quem verdadeiramente somos nós, nossos medos não mais nos assustarão, nossos limites não serão mais obstáculos porque, conhecidos, nos permitirão aproveitar da vida a cada instante, sem aflições, realizar sonhos sem pesadelos, em comunhão com nossa paz interior e passá-la aos outros sem usura. Mas quem insistir na crença de que orientar sua vida com sabedoria não é fácil, será um eterno caçador da felicidade e não a própria felicidade que alimenta a realização de cada destino."

                                        Autor desconhecido




Embora o texto acima nos diga muito, ainda podemos acrescentar algumas palavras que definem nossa busca pela felicidade. Como somos seres imperfeitos, o questionamento acerca da felicidade é um ponto crucial em nossas vidas. O homem parece não entender ou não querer entender que ser feliz é algo efêmero e depende, muito mais de nós mesmos, daquilo que colocamos como objetivo a ser atingido em nossa jornada aqui neste mundo.


Ser feliz é estar feliz. E estar feliz é, também, fazer com que todos os demais que nos rodeiam assim se sintam. Daí a efemeridade do termo felicidade. Não podemos ser felizes o tempo todo, pois este estado de alma significa muito mais do que possamos imaginar. Porém, podemos agir para que ocorra este estado de espírito com muito mais frequência e regularidade.


Em nosso caminho na Terra, estamos sujeitos à lei do livre-arbítrio e à lei da ação e reação, dentre outras. Deus dá-nos tudo o que precisamos para percorrer nossa jornada terrena, porém depende de nós o sucesso ou não desse empreendimento. O ser humano, levado por sua ambição e orgulho pode, na maioria das vezes, percorrer um caminho onde se veja como o dono das coisas e das pessoas e, assim, carrear para si a infelicidade. Ao desencarnar, terá que prestar contas do que aqui fez. Quando retornar à vida terrena, trará uma bagagem pesada para corrigir-se do pretérito.


É necessária a conscientização da importância na mudança de hábitos e valores. Fomos criados, via de regra, a não olhar para o lado ruim da vida. Pensamos sempre que o que acontece com nossos irmãos jamais acontecerá conosco. A dor que vemos nos olhos de alguém doente ou com fome e frio, ainda não chega à nossa alma, via coração. O cérebro registra, porém o coração não sente. Esquecemo-nos do quanto é bom e como traz felicidade, ajudar alguém. Isso se chama caridade.


Cristo não veio ao mundo para passear. Ensinou-nos muito, com seus atos de extrema bondade e carinho. Desprovido de todo e qualquer preconceito, esteve entre os famintos, os doentes, os loucos, bem como esteve entre os doutores da lei e os letrados da época. Deixou-nos grandes ensinamentos. Mostrou-nos o que seu Pai gostaria que fizéssemos para sermos felizes. 


Desde então, os homens não conseguem segui-lo. Por que? Vemos tantas e tantas criaturas que simplesmente desconhecem que, um dia, fomos criados por um Ser Superior e a Êle devemos respeito, amor e obediência. Hoje, contabilizando tantas tragédias que ocorrem na Terra, ainda há quem não se dê conta que estamos num período de transição deste mundo de provas e expiações, para um belo mundo de regeneração, onde só estarão aqueles que realmente cumprem sua tarefa aqui, com desvelo e amor, principalmente amor ao próximo, uma vez que Jesus não fez distinção entre os homens em sua estada entre nós.


Que tenhamos consciência da grande verdade da vida e que saibamos viver com amor ao próximo, colocando em nosso pensamento que todos somos iguais perante Deus.


Que assim seja!







domingo, 12 de junho de 2011

A EXISTÊNCIA DE DEUS


"Um dia me perguntaram se eu acreditava em Deus.
Eu então lhes respondi da maneira como eu pensava.
Entre a lua e as estrelas num galope, num tropel,
Pisando nas nuvens brancas, eu vi Deus passar no Céu.
Todo dia existe Deus...
No sorriso da criança, no canto dos passarinhos,
No olhar, na esperança...
Todo dia existe Deus...
Na harmonia das cores, na natureza esquecida,
Na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida...
Todo dia existe Deus...
No regato cristalino, pequeno servo do mar,
Nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar...
Todo dia existe Deus...
Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas,
Na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las...
Todo dia existe Deus...
Nos segredos desta vida, no germinar da semente,
Nos movimentos da Terra, que gira incessantemente...
Todo dia existe Deus...
No orvalho sobre a relva, na natureza que encanta,
No cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta...
Todo dia existe Deus...
Nas flores que desabrocham perfumando a atmosfera,
Nas folhas novas que brotam anunciando a primavera...
Deus é capaz, Deus é paz,
Deus é a esperança, é o alento do aflito,
O Criador do Universo, da luz, do ar, da aliança...
Deus é a justiça perfeita, que emana do coração.
Ao perdoar quem ofende, Ele é o próprio perdão...
Será que você não viu ainda o rosto de Deus
No colorido mais belo dos olhos dos filhos seus?
Deus é constante e perene, é Divino, de tal sorte
Que sendo a essência da vida é o descanso na morte...
Não há vida sem a volta e não há volta sem vida.
A morte não é a morte, é só a porta da vida...
Todo dia existe Deus...
No ciclo da natureza, neste ir e vir constante,
No broto que se renova, na vida que segue adiante,
Em quem semeia bondade, em quem ajuda o irmão
Colhendo felicidade, cumprindo a sua missão...
Todo dia existe Deus...
No suor de quem trabalha, no calo duro das mãos,
No homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão,
Você pode sentir Deus dentro do seu coração..."

Rita Pando


Queridos amigos, com votos de um domingo cheio de paz e amor, deixo para vocês este belo poema que nos diz tanto sobre nosso Pai Celestial e nos mostra a grandiosidade de sua obra quando nos deu a vida e a todas às demais maravilhas do Universo.
Que tenham, também, uma semana de muita harmonia e saúde.

Paz e luz a todos!





quarta-feira, 8 de junho de 2011

NOSSAS DEFICIÊNCIAS




"Já andei por tantos caminhos e já vivi tantas coisas, que hoje vejo que o preconceito e a discriminação estão em cada um de nós, e cabe-nos quebrá-los para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana.
Hoje posso afirmar que:
Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E miserável somos todos que não conseguimos falar com Deus."

Renata Vilela


Lendo este texto chegamos à triste conclusão de quão grandes são nossas deficiências. Quando se fala em deficiente, vêm-nos na mente aquelas pessoas portadoras de diversos problemas físicos e/ou mentais. Digo-lhes de coração, que quem dera que assim fosse. Estaríamos, nesse caso, resgatando nossas dívidas passadas e, com isso, colaborando para a evolução de nosso espírito.

Pior que isso, é o que lemos acima. É aquele ser que, não obstante estar ao lado de algum irmão com reais necessidades, ignora seu companheiro de jornada terrena, esquecendo-se de que o que fizermos aos outros, estaremos fazendo a nós mesmos. A caridade não se compra. Não existe, no mundo inteiro, um lugar que venda a caridade. Esta, é parte integrante de cada um de nós. Ou temos ou não temos.

E a maior de todas, a meu ver, é a caridade do amor. Através dela, solucionamos todos os problemas do orbe. Jesus, para mostrar o poder de seu amor incondicional, multiplicou os pães, curou leprosos, fez voltar à vida quem havia morrido, perdoou àqueles que pecaram, preferiu morrer cruxificado por nós, enfim, demonstrou que o amor tudo pode quando quer.

Sabedores que somos de que o empreendimento da vida é a base para solidificar o crescimento, o progresso e a evolução espiritual, resta-nos colaborar para que isto se efetive. De que forma? Mudando nossos pensamentos e concluindo que o preconceito e a discriminação são mazelas que guardamos por muito tempo ou para sempre em nossa vida e que só servem para desestruturar nosso caminho em direção ao bem. Através de um preconceito, podemos destruir a vida de uma pessoa, apenas fazendo-a sentir-se rejeitada por viver dessa ou daquela maneira ou ter este ou aquele comportamento.


Livrando-nos desses males da alma, poderemos efetivamente humanizar-nos e criar uma espécie de nova compreensão dos problemas que afetam a grande maioria das pessoas ao nosso redor. Quando falamos destes tipos de deficiencias, devemos lembrar-nos que, via de regra, o doente e deficiente somos nós, que entranhamos em nossa consciência este tipo de comportamento e passamos grande parte de nosso tempo, nos deliciando em nomear as pessoas não pelo que elas são e pelo seu valor como ser humano, mas sim, pela forma como vive ou como se expressa, apenas para dar um exemplo. Uma forma muito típica e comum de discriminação é o apelido, que serve geralmente para definir a pessoa pelo seu ponto mais fraco, fazendo com que a mesma se sinta constrangida em frente aos demais.


Que sejamos nós, espíritas, convictos de que a verdadeira felicidade consiste em fazer os outros felizes e que o amor ao próximo deve ser o fruto de uma especial atenção às dores de um irmão que a vida nos coloca em nossa trajetória, não por acaso, mas para despertar-nos um sentimento de profundo respeito e caridade.


Que assim seja!




domingo, 5 de junho de 2011

A TRANSCENDÊNCIA DA ALMA



"Ensine esta tripla verdade a todas as pessoas: um coração generoso, a delicadeza ao falar e uma vida de serviços e compaixão são as coisas que renovam a humanidade."
                                                         
Buda Sidarta Gautama



A vida é uma jornada mágica que, no grande esquema do cosmos, acaba num piscar de olhos. Ao sair do corpo no momento da morte, o espírito experimenta uma imensa sensação de liberdade, paz e alegria. Assim que a alma chega a um plano mais elevado da existência, sua habilidade mental se torna muito ágil, e ela passa a ter imediato e total conhecimento dos pensamentos, sentimentos e palavras de seus entes queridos que ficaram para trás.

O espírito constata que sempre foi espírito, mas que teve experiências físicas enquanto estava na Terra. Ele não sofre como nós. Não existe mais dor após o desencarne e os obstáculos vão, gradativamente, se dissolvendo quando a alma se aproxima cada vez mais da luz. Assim, muda a perspectiva dessa alma em relação a tudo. Nós, daqui do planeta, podemos nos beneficiar de suas palavras e de suas mensagens reveladoras sem, necessariamente, precisarmos desencarnar para vivenciar essas transcendências.


A espiritualidade nos mostra que somos todos únicos e esse conhecimento acelera nossa realização como ser humano. Na medida em que conseguirmos romper nosso egocentrismo, muito natural no ser humano, passamos a conhecer mais profundamente as pessoas que nos cercam e sentimo-nos, dessa maneira, mais atentos e sensíveis aos apelos alheios. Portanto, desviando o foco de nós mesmos teremos consciência de nossa própria capacidade de dar, compartilhar e amar outra pessoa.


A essência está em fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem a nós. Esta é uma regra básica do comportamento humano e é um componente fundamental da maioria das religiões do mundo.
Conhecer esta regra básica e apregoá-la é, sobretudo, diferente de praticá-la. Não basta somente tratar bem as pessoas e, sim, colocarmo-nos na pele delas para entender seus problemas, seus traumas, suas vivências. Assim que passamos a aplicar esta forma de tratamento para com os outros, tornamo-nos mais complacentes, tolerantes e, também, a sentir compaixão pelos sofrimentos alheios.


Há fatos, na História da humanidade, que ressaltam coisas deste tipo. Durante a fim da segregação racial, na década de 1960, John F. Jennedy, então Presidente dos Estados Unidos da América, pediu aos americamos brancos que imaginassem como se sentiriam, sendo menosprezados e humilhados por causa da cor de sua pele. Com isso, ele os desafiou a tratar os outros como se fossem iguais a eles mesmos. Esse mesmo exemplo serve para o que acontece atualmente no que se refere às igualdades sociais exigidas pelos homossexuais.


A muitos de nós é ensinado cultivar o ódio, em vez do amor. Aprendemos, com isso, a sermos preconceituosos e atacar aqueles que são diferentes de nós. Essas idéias não nascem conosco e, sim, nos são inculcadas desde muito cedo. Para muitas pessoas há muita dificuldade em remover essas marcas de sua personalidade, mas não é impossível. É necessário que nos reeduquemos e que aprendamos com a própria vida, que é um professor muitas vezes, drástico e cruel. Seguindo as palavras de Jesus, que com tanto amor nos ensina a praticar o bem e a compreender nosso irmão, estaremos mostrando nosso verdadeiro lado cristão e humanitário.


Transcender é subir, é aspirar estar no alto, nos píncaros da razão e da sensibilidade, é volitar entre as nuvens como se fôssemos as próprias, é o espírito no seu infinito grau de conhecimento e intangibilidade.


A transcendência da alma, portanto, está em provarmos a nós mesmos que podemos amar incondicionalmente a todos aqueles que dividem conosco a jornada corpórea neste planeta Terra.


Que assim seja!