domingo, 27 de fevereiro de 2011

COISAS DA VIDA



"Os seres humanos que se apegam demasiado aos valores materiais são obrigados a reencarnar incessantemente, até compreenderem que ser é mais     importante do que ter."

Buda (563 - 483 a.C)




Ser e Ter são dois verbos da língua portuguesa. O primeiro significa um estado das coisas. Ex.: Eu sou feliz. Já o segundo, representa o sentido de posse. Ex.: Eu tenho um carro.


Na linguagem espiritual, ou melhor, para nós espíritas, existe uma grande diferença no uso destes vocábulos. Explico: a grande maioria das pessoas, ainda mais na época em que vivemos, apega-se com exagero às posses materiais. Parece tornar-se muito importante para determinados seres, o fato de possuir bens usando-os com orgulho e até arrogância, pensando que estas posses os fazem diferentes dos demais.


Imóveis bem localizados, carros de último tipo, jóias, roupas caríssimas, festas badaladas, etc. fazem bem àquele ser humano cujo ego precisa ser massageado para que vivam em paz. Estes, negligenciam o amor verdadeiro, desconhecem o que seja a paz de espírito, a harmonia em um lar, a benevolência para com seus criados, a caridade para quem lhes bate à porta, mendigando um pedaço de pão.


Seus amigos são sempre os mesmos da roda social que lhes agrada porque, tal como eles, sentem-se bem com o estilo de vida que levam, caindo no uso e abuso de bebidas, drogas e afins.


E mais: o poder! Raros são aqueles que detém o poder e dele fazem bom uso.
Poder e ter, para essas criaturas, andam de mãos dadas. Não precisamos discorrer muito sobre este aspecto, uma vez que até em nosso país, temos provas disto. Não é difícil tomar conhecimento de disparates astronômicos envolvendo nossa moeda corrente através dos noticiários da mídia brasileira e, inclusive, internacional.


Talvez  esses irmãos possam ter tido acesso a uma educação com moral consciente, com a alma aberta àquilo que é condizente com o fato de existirem milhares de outros irmãos carentes e necessitados por este Brasil e, também no mundo, dando-se relevância para aqueles países deveras populosos, onde grassam a pobreza e doenças de todo tipo.


Porém, quem resiste ao poder e suas benesses?


Mas, um dia chega o momento do acerto de contas. Sem uma crença religiosa, o homem que tinha tudo e nunca lembrou de seus irmãos para dividir o que Jesus , com tanto amor nos legou, desencarna e vê-se frente a frente com os frutos da vida que aqui, na romagem terrena, escolheu por sua livre e espontânea vontade, fazendo uso de seu livre arbítrio.


Desencanta-se de imediato, ao sentir que, agora, o que fala mais alto é a lei da ação e reação. E mais, descobre que ainda continua vivo e procura, com desespero, fazer valer seu poder e fama.


Inútil! Não há mais tempo para quem não soube dignificar a maravilhosa oportunidade concedida por Deus através da reencarnação, para quitar seus débitos trazidos de vidas passadas. Despojado de tudo o que tinha, lembra-se do que houvera acordado antes da volta à Terra, o qual deveria ter sido cumprido.


Assim, Deus que é Pai de misericórdia infinita, dá mais oportunidades ao filho que fugiu aos compromissos assumidos e, novamente este espírito volta a reencarnar, agora a fim de cumprir com tudo de belo e bom que negou ao seu próximo e a si mesmo, porém vivendo como aqueles a quem negou auxílio.


Somos todos filhos de Deus. Que saibamos cumprir seus conselhos de Pai, doando a nossos irmãos o amor, a fé, a caridade, a compreensão, um sorriso, ouvir um desabafo, abraçar, beijar e saber quão importante é este momento que aqui estamos para quitar nossas dívidas pretéritas.


Paz e Luz a todos. 



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AS PROVAÇÕES DA VIDA




"Seres falíveis na Terra, sempre os há, pois é nela que as provas são vivenciadas, é nela que o aprendizado maior se realiza, e é nela que a modificação interior, como resultado do esforço de cada um, é efetuada."


Eça de Queirós




Nossa passagem terrena é permeada de acontecimentos que, por muitas vezes, nos deixam marcas fortes ou indeléveis. As mais fortes agem em nosso pensamento, fazendo com que alteremos até o rumo de nossa vida.


Sabemos que nossa consciência é um laboratório de extraordinário alcance, ao ponto de comandar e controlar nossos atos, apontando-nos , como se fora uma bússola, os horizontes para nossa jornada.


Receptora de infinitas informações captadas pelos sentidos, a consciência depura, através de sensores que a formam, as nossas vivências e experiências, salvaguardando aquelas que, de um modo ou de outro, um dia, servirão de parâmetro para nosso modo de pensar e/ou expressar mudanças comportamentais. 


Tudo isso concorre para a modificação interior de cada indivíduo, na medida em que nos esforçamos para exercitar um aprendizado gradativamente maior na parte espiritual, posto que somos e seremos sempre seres falíveis em constantes provas na romagem terrena.


Assim é que, exposto aos vícios que ainda corrompem a humanidade,  o homem se desestabiliza, falindo em seus propósitos de agir e pensar, carreando para si vivências na dor e no sofrimento.


A abençoada oportunidade da existência neste planeta de provas e expiações,
é de suma importância para o ser que aqui aporta, a fim de redimir-se de seus erros de vidas pregressas e, assim, alcançar o progresso espiritual tão almejado.


A todos, indistintamente, Deus concede o direito de promover a própria evolução. Porém, aqui chegando, esquecidos do que se propuseram a cumprir e, muitas vezes, pedido por eles próprios para viver determinadas situações que levassem à redenção do passado, deixam-se cair nas armadilhas e artimanhas do mundo, perdendo a chance que a vida lhes concedeu.


E assim, há espíritos que estão, há milênios em idas e vindas, na busca do
equilíbrio e da paz espiritual. Com o retorno à pátria de origem, dão-se conta dos erros que cometeram e seu arrependimento e sofrimento tornam-se insuportáveis. Mais uma vez falharam no comprometimento com Deus.


Portanto, são compreensíveis as provas difíceis para  determinados espíritos, uma vez que Deus em sua infinita bondade e misericórdia, deixou de acolher, em seu regaço de amor, mais um filho perdido.


Que possamos, nesta maravilhosa oportunidade de redenção que ora desfrutamos, unirmo-nos em sentida prece ao Pai, pedindo por aqueles que ainda se encontram em débitos, cujo sofrimento tanto nos toca e, também por nós, para que sejamos os filhos pródigos de Deus.


Que assim seja!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MEUS PRESENTINHOS


Estes selinhos eu ganhei da Angel. 
Obrigada, querida amiga.
Amei os selinhos!!!!








domingo, 20 de fevereiro de 2011

A DOR QUE LIBERTA



"A dor é a emissária divina, sublime buril, esculpindo-nos o espírito. Sofrimento e resgate andam juntos, na medida em que paciência e resignação estejam constantemente em nosso caminhar... A enfermidade jamais nos derrota; antes, enseja-nos momentos abençoados de reflexão e de esperança em Deus."

Esp. Irthes Therezinha Lisboa de Andrade




E eis que ela chega. De mansinho  ou repentinamente. Mas, um dia, chega.
Às vezes, ela é tão imensa, que temos a impressão de não suportá-la. Os mais suscetíveis a ela, desmoronam e, dependendo do tipo que a dor se apresenta,
ou seja, física, moral, financeira, etc, muitos buscam saídas bem mais fáceis e rápidas, porém acarretando consequências mais sérias, como por exemplo, o suicídio, que causa severos danos ao nosso espírito.
Fugir à dor, sendo ela de qualquer origem, é uma atitude ignóbil e penosa para aqueles que, apenas atestam sua inteira e total falta de responsabilidade perante a vida, retardando, assim, sua evolução espiritual.


Uma vez vindos ao mundo, trazemos na bagagem coisas que, de modo algum, podemos transferir para outras pessoas. Somos responsáveis por tudo o que vem conosco, muito embora alguns desejassem que assim não fosse, tamanha é a  insipiência com relação ao cumprimento das leis de Deus, nosso Criador.


Devemos olhar em volta e ver tudo o que acontece no mundo. Estaremos, assim, atestando a ocorrência de fatos que nos mostram a realidade da vida. São catástrofes, terremotos, deslizamentos de terra, guerras, etc.


Deus, na Sua misericórdia e amor, não quer isso para seus filhos. Porém, o homem, distanciado de seu berço divino, sem atentar para o amor, a caridade, o perdão, a humildade, a abnegação, atrai para si todas essas formas de sofrimento.


E, se nunca entendeu a mensagem de Jesus, quando recomenda o amor incondicional a seus irmãos, terá como companheira em sua romaria terrena, a dor e suas consequências. Abatido  e desesperado pelos atos que comete, é levado de roldão, sem conseguir o apoio que somente o Pai lhe proporcionaria.


Por outro lado, aqueles que, conscientes e sabedores que viver é estar neste planeta de expiação por determinado tempo, a fim de desbastar arestas que ficaram pendentes de vidas pretéritas, encaram o sofrimento e a dor como forma de resgate, necessário à sua regeneração e progresso espiritual.


Estes, empunham a bandeira do Mestre Jesus com paciência e resignação, como verdadeiros cristãos no auxílio contínuo ao próximo, independente de qualquer situação, consolando, esclarecendo e reerguendo aqueles que mais são necessitados.


Portanto, tomemos como exemplo a dor de Jesus na cruz, e façamo-nos o sustentáculo do equilíbrio, da harmonia e da paz, para que se realize o entendimento e a fraternidade, beneficiando, assim, os que nos ladeiam na caminhada terrena.


Que assim seja!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O PERDÃO - DIVINA FORMA DE AMAR




"A fé quando é sincera é muito poderosa. Não permita que mágoas do passado
machuquem seu coração e perturbem sua vida. Perdoe. Liberte-se da dor e deixe o passado ir embora."

Zíbia Gasparetto




A fé se resume em tudo aquilo que cremos ser verdadeiro e confiável. Ter fé é muito mais que simplesmente orar e esperar o resultado no atendimento do que pedimos na oração. É provável que muitas pessoas pensem e ajam dessa maneira, embora, convenhamos, erroneamente.


A fé deve ser raciocinada para ser entendida como algo intrínseco ao espírito e  inerente às coisas que refletem nossa crença, como por exemplo, a sobrevivência da alma quando desencarnamos.


Para nós, espíritas, não é difícil pensarmos assim. Ora, se nosso corpo carnal falece, isto é, perde sua condição de existir como algo que anda, se alimenta, trabalha, estuda, pensa, etc., isso é como não haver mais ali, naquele ser, a alma que o animava, dando-lhe vida.


Essa alma ou espírito é, no momento do desencarne, resgatada pelos benfeitores espirituais para um lugar onde possa refazer-se dos traumas que o desenlace provocou. Dessa forma, são conduzidos a uma colônia situada no astral, onde ficarão em repouso e tratamento para que, ao acordar, possam ser  beneficiados através de medidas terapêuticas, como forma de atenuar o problema que gerou sua volta à pátria de origem.


Assim que o espírito aceita e crê que ainda continua vivo, porém agora, na espiritualidade, é encaminhado a instituições que trabalham sua integração na colônia que o acolheu. Vive como se na Terra ainda estivesse, porém tendo conhecimento de sua real condição: a imortalidade da alma que, até pouco tempo , animava uma porção de matéria, num mundo onde pode usar de seu livre-arbítrio, expondo-se à lei de causa e efeito.


Por isso é que precisamos, enquanto aqui estivermos, colocar em prática o que aprendemos com as mensagens de Jesus. Amar ao próximo como a si mesmo, ser caridoso, não ter orgulho, inveja, ódio, ver nossos companheiros de jornada terrena como irmãos em Cristo, estender a mão para aqueles que precisam de nosso apoio, pois amanhã, talvez, sejamos nós a necessitar desse irmão.


Uma das coisas mais importantes refere-se ao perdão. Muitas vezes, dissemos que perdoamos determinada pessoa por algo que esta tenha nos feito. Mas, lá de vez em quando, vem aquela pontinha de raiva ao lembrarmos do ocorrido. E fica, em nosso coração aquela mágoa presa e guardada fazendo-nos muito mal.


O perdão, tal como a fé, é imprescindível à nossa convivência social e à nossa tranquilidade de espírito. Por que guardar tanta angústia, sentir tanta dor, quando poderíamos perdoar? Jamais seremos perfeitos e estamos sempre sujeitos a errar. Já diz o ditado "errar é humano; perdoar é divino."


Deus, nosso Pai Todo Poderoso, não nos perdoa? Por que nós, pequeninos seres, cujo caminhar neste planeta é a maravilhosa oportunidade de progresso e redenção, não podemos abraçar nossos desafetos e dizer: "Perdoa-me, pois somos iguais perante o Pai. E esse mesmo Deus, teu e meu, quer-nos juntos e aliados para vencer os obstáculos desta trajetória, que é a vida."


Pensemos nisto e tenhamos, cada vez mais, fé e confiança de que, um dia, estaremos juntos na eternidade, quiçá traçando planos junto aos mentores espirituais, para um novo regresso à carne dando continuidade ao processo de regeneração e de melhoria de nossa alma.


Paz e luz a todos!











domingo, 13 de fevereiro de 2011

À LUZ DO EVANGELHO



"Muitas vezes no mundo, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários, mas os atores são os mesmos, caminhando nas lutas purificadoras. A vinda do Cristo ao planeta assinalou o maior acontecimento para este orbe, de vez que o Evangelho consiste na eterna mensagem do Céu, ligando a Terra ao reino luminoso de Jesus."

Emmanuel




Na primeira vez em que abri o Evangelho Segundo o Espiritismo, senti que minha vida poderia mudar. Encontrei, de início na leitura sôfrega, pois queria muito saber das maravilhas ali contidas, tudo o que precisava para entender e praticar, a fim de sentir-me em paz e verdadeiramente "eu mesma". 


Foi um encontro da busca do saber, e saber muito, com a necessidade da mudança que eu tanto buscava alcançar. Lembro que fiquei extasiada com o que lia, agora menos afoitamente que no início, parecendo-me que já conhecia de algum lugar ou de algum tempo atrás, as palavras que me mostravam com clareza a importância do amor, da caridade, da humildade e do perdão, entre outros.


Meu Deus! Como pode haver tantas coisas horrendas no mundo, tais como violências de toda sorte, guerras, fome, sede, orgulho, inveja, poder exacerbado, etc., quando devíamos aprender e viver a lição de Cristo ao vir ao mundo pobrezinho, sem nenhum bem material, tornando-se depois, o mensageiro do amor e da paz, mostrando-nos que era filho de Deus como todos nós o somos.


À medida que ia lendo, compreendia muitas coisas. Aprendi que a vida é uma escola de caráter compulsório, que aqui estamos para viver experiências que nos farão crescer e evoluir e que, num determinado tempo temos que voltar ao convívio com a espiritualidade, para prestarmos conta do que aqui fizemos com vistas ao progresso, objetivo maior da reencarnação.


Concomitantemente, passei a ler, também, livros de autores diversos que traziam muitas novidades para mim que, até então, desconhecia. Enriqueci com as leituras, pois as mesmas trabalharam meu modo de ser, trazendo mais equilíbrio emocional, mais experiência, mais tolerância para com os outros, mais amor e admiração por aqueles que, não obstante serem menos favorecidos pela vida, também são dignos de serem amados e ajudados nas suas provações.


E aprendi. Aprendi muito. Ainda sei que falta muito a aprender, pois a vida é um constante aprendizado. Cada dia é diferente do outro. Mas, para que tem fé no Pai Maior, sabemos que a um anoitecer, seguirá um alvorecer de luz e esperanças. 


Entendi que nada recebemos de graça. Precisamos, seja qual for a situação, ir em frente e lutar para conseguir o que almejamos. Deus nos coloca no mundo para que sejamos bons e honestos, amorosos e caridosos, e para que tenhamos a oportunidade de sermos aprendizes do bem. E ainda nos concede o livre-arbítrio para que tenhamos a decisão, por nós mesmos, de qual o melhor caminho a seguir.


Aprendi, também, que há momentos em nossa vida, que somos testados e levados à aceitação do que Deus coloca à nossa porta, porém sabendo, por outro lado, que Deus dá "o cobertor conforme o frio", como costumamos dizer aqui no sul; isso explica que recebemos por merecimento, pois quando uma porta se fecha, abre-se uma janela onde encontraremos, talvez, um ensejo para que possamos crescer mais e melhor.


Aquele que consegue conhecer a si mesmo, através de sua fé e do equilíbrio  para consigo e para com os demais, que tem uma convicção indestrutível e que não se deixa abater pelos reveses da vida, torna-se quase um sábio, pois tem sua alma pura e plena de amor a Deus e a todos os seus irmãos.


Que pratiquemos em nossa existência o que Jesus nos deixou com suas mensagens de amor, paz, humildade e caridade.


Que assim seja! 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SONHOS - O PASSEIO LIBERTO DO ESPÍRITO



"Quando o corpo se acomoda no sono reparador, o espírito liberta-se  excursionando pelo mundo espiritual, seu local de origem, sua pátria real."

Zíbia Gasparetto




Desde a concepção, quando ocorre a fusão do espermatozóide com o óvulo até o momento do desencarne, nosso espírito encontra-se como que num casulo, tal como a lagarta que, ao passar a fase em que se desenvolve e, pronta para a vida exterior, sai, liberta, em forma de borboleta.


No ser humano, tanto o corpo físico como o espiritual encontram-se anelados e, por nove meses assim ficam, durante o desenvolvimento integral daquele que será, ao nascer, uma criatura dotada de matéria e alma.


Dessa forma, no decorrer da gestação, há uma sinergia entre a formação do ser e sua alma, o que não pode ocorrer uma sem a outra, por tratar-se da formação de órgãos e demais elementos que necessitam movimentar-se, alimentar-se e preparar-se para, tal como o exemplo da borboleta, sair do acrisolamento gestacional, para o mundo.


E, assim, a vida inicia para aquele ser que aqui já esteve há tempos atrás, em várias e múltiplas peregrinações e que disso nada lembra, pois nosso Criador nos dá sempre a nova oportunidade de redenção e progresso, sem que haja, na memória, lembranças pregressas a lhe turvar o caminho, para que não venha a abortar o crescimento moral e a  evolução.


E a vida segue. E somos o resultado, em parte do que trazemos de vidas pregressas para o burilamento espiritual e, em parte do que aqui adicionamos ao nosso caráter e personalidade, de acordo com nossas vivências e experiências na Terra.


Como temos a liberdade de livre escolha em nossa caminhada terrena, passamos a vida inteira sob a responsabilidade de agir como achamos que seja o ideal. Porém, tanto a lei do livre-arbítrio como a lei de causa e efeito, acompanham-nos na jornada do dia-a-dia, pela vida afora.


Assim como aqueles que fazem em sua existência o melhor possível, progredindo a passos certos, tendo como farol e mestre o amor de Jesus, há os que se defrontam com os reveses da vida, optando por viver sem compromissos nas piores nuances da rebeldia, violência, drogadição, maus costumes, etc.


Quando dormimos, sonhamos. Os sonhos nada mais são, em sua maioria, do que um passeio libertador do espírito que, guiado pelos mentores de nossa alma, viaja pelo Universo, usufruindo da verdadeira vida. Aquela que nos leva ao reencontro de nossos amores que já partiram da Terra e que nos mostra as belezas e maravilhas do mundo espiritual.


Fazemos, nesse momento, o vôo da borboleta que, feliz e livre do casulo, num  bater de asas pleno de cores e encanto, encontra a grandeza do céu e sua magnitude.


E em todas as noites de nossa vida, voamos rumo à nossa pátria espiritual.
Lá, somem-se nossas dores e males e abraçamos nossos companheiros de jornada, numa visita que rejuvenece nosso espírito e nos proporciona a visão do que nos espera, quando lá definitivamente estaremos. Tal visão, magestosa e bela, enche-nos de paz e encanto.


E acordamos, com a sensação de uma saudade imensa a nos apertar o peito.
A esperança é de que, um dia, este mundo que nos acolhe, possa ser uma quimera abençoada de luz e amor.


Que assim seja!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

COBRANÇA INDEVIDA


“Ninguém é tão sábio que não precise aprender um pouco mais.”

Zíbia Gasparetto

"Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por longa estrada.
Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido.
Verificaram e descobriram um homem caído. Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próxima ao coração.
Tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência.
Com muita dificuldade, mestre e discípulo o carregaram para o casebre rústico, onde viviam. Lá, trataram do ferimento.

Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e, que ao reagir, fora ferido por uma faca.
Disse, também, que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse.

Disposto a partir, o homem disse ao mestre: "Senhor, muito lhe agradeço por ter salvado a minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti."

O mestre olhou fixo para o homem e disse: "Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz."
O homem ficou assustado e disse: "Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!"
Com serenidade, tornou a falar o mestre: "Se não pode pagar pelo bem que recebeu, com que direito quer cobrar o mal que lhe fizeram?"

O homem ficou confuso e o mestre concluiu: "Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que aconteçam em sua vida, pois a vida pode lhe cobrar tudo de bom que lhe ofereceu."

Todos os dias somos aquinhoados com centenas de bênçãos. A primeira, é a própria oportunidade de tornar a abrir os olhos no corpo físico.
Depois, a oportunidade de encher os pulmões de ar. Ar que nos é dado pela Divindade.
A bênção do alimento que nos nutre o corpo. Alimento que extraímos da terra generosa, bastando que nela plantemos a semente.
A bênção do trabalho que nos permite o desenvolvimento das nossas habilidades, o progresso, a aquisição de bens materiais que nos são necessários.
Enfim, o digno sustento próprio e dos que nos constituem responsabilidade.
A bênção da religião, que nos fortalece o espírito, dando-nos o conhecimento da existência de um Deus Pai, que dirige os nossos destinos e guarda a nossa vida.
A bênção da família, dos amigos, dos colegas, dos animais de estimação.

Cada qual, a seu modo, nos oferta, a cada dia, seu carinho, sua devoção, enriquecendo as nossas horas.
Pense, enfim, nas bênçãos que todos os dias você recebe, sem esforço algum.
Você não precisa acender o sol, nem pedir a ele que apareça. Ele simplesmente vem e lhe dá calor, luz, vida.
Você não necessita acionar botão algum para que o vento amigo se manifeste nos dias de ardência. Ele simplesmente vem.
Balança o arvoredo, espanca nuvens borrascosas, limpa o céu e ainda brinca de desarrumar os seus cabelos.
Você não precisa suplicar ao botão para desabrochar. Ele arrebenta em perfume e colorido para o seu deleite.
Você não precisa suplicar aos pássaros que encham de sons o dia. Eles aparecem e brindam seus ouvidos com a variedade infinita de seus trinados e cantorias.

Por tudo isso, pense, que direito você tem de tomar contas a quem quer que seja, por algo ruim que lhe tenha feito, ante um débito tão grande para com a Divindade que tudo vê, provê, sem exigência alguma."

Pense nisso!




Equipe de Redação do "Momento Espírita", com base em história de autoria ignorada.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

DESCOBRI DEUS DENTRO DE MIM





"Só quem já disciplinou a mente, harmonizou seu mundo interior, tem condições de fazer alguma coisa pelos outros. O resto é ilusão."

Zíbia Gasparetto




Há algum tempo atrás, eu não era a pessoa que sou hoje. Confesso que, na verdade, eu nem saberia como me definir. Sentia um vazio grande no peito, minhas conquistas no âmbito da área que atuava não davam-me a satisfação desejada, no seio da família muitas vezes, vinha-me algum sentimento de culpa por qualquer coisa que deixava de fazer por exemplo, por meus filhos, pois trabalhando e estudando fora, parecia não poder atender completamente meus encargos de mãe, etc.


Na verdade, isso ocorreu comigo desde criança até uns trinta anos atrás. Nunca consegui me definir como uma pessoa religiosa, embora meu avô paterno e, também meu pai, fossem espíritas. Na época, sem nada saber a respeito, não via a necessidade de conhecer, nem tampouco estudar sobre espiritualidade.


Lembro que sentia, não medo mas uma intensa curiosidade sobre a morte. Quando ia a um velório, por exemplo, ficava olhando para o morto e me questionando sobre "para onde iria aquela inteligência que até então fazia da criatura um ser pensante, vivente, brilhante em conhecimentos, etc.


Para onde iria? A vida, para mim até então, terminava no túmulo. Visitávamos e levávamos flores para o ente querido que havia partido. Partido? Mas para onde? Sabia que existia a alma, o céu e o inferno. Aprendi isto quando fiz a primeira comunhão. No quarto de cada uma das crianças da casa, existia um quadro com um lindo anjo da guarda, com suas asas abertas a proteger as criancinhas que passeavam sobre uma ponte.


Todas as noites, rezávamos o Santo Anjo do Senhor, porém sem saber, na realidade, o porquê. Apenas sabíamos que, rezando, não teríamos maus sonhos.


Ah! Infância que já vai longe no tempo! Saudades? Talvez, de algumas brincadeiras, de meus pais, ainda jovens e amorosos, de meus avós, que chegavam trazendo presentes e doces.


* * *


Hoje, aos 64 anos, sei o que realmente me faltava. Descobri em primeiro lugar, quem sou, de onde vim, o que estou fazendo aqui e, o mais encantador e importante de tudo isso, "para onde vou", após não mais a morte e, sim, o desencarne. Meu Deus! Quanto tempo perdido, guiada pelas ilusões que a vida nos impõe.

Hoje, já não me sinto culpada por coisas que deixei de fazer, conheço-me profundamente, sei quando erro, aprendi a pedir perdão, amo intensamente meus filhos e netos como espíritos que entraram na minha vida, não por acaso e, sim, por
que Deus nos aproximou para uma missão de resgate e/ou evolução.


Minha atração pelo conhecimento do espiritismo não foi por acaso. Hoje, eu sei disso. Com frequentes crises de infecção nas amígdalas, uma amiga levou-me a um centro espírita para pedir ajuda. Lá, colocaram-me numa maca, onde, segundo me disseram, iria fazer uma cirurgia pelo espaço. Fiquei quieta, deitada na maca, mas muito curiosa por saber o que iria ocorrer.


Uma médium colocou a mão sobre onde estariam situadas minhas amígdalas, fez algumas preces e depois, deu-me um copo com água para beber.
Até hoje, decorridos uns trinta anos, não sei mais o que é adoecer daquele mal. Curei-me e, a partir de então, comecei a ler tudo o que me vinha às mãos sobre espiritismo. Depois, vieram os estudos e curso da Doutrina Espírita, o trabalho mediúnico e hoje, sou uma pessoa integrada na vida, consciente das limitações que possui o ser humano, daí a necessidade de sermos bons e caridosos com nossos irmãos menos favorecidos.


Sei também que somos pura energia e que precisamos canalizar nossos pensamentos para o bem, escolhendo o que desejamos manter dentro de nós e que a conquista da paz é a disciplina e o domínio de nosso interior.


À noite, antes de dormir, ainda rezo o Santo Anjo do Senhor porém, após uma conversa amorosa e direta com nosso Criador. A Êle, peço amor, saúde, paz para todos, agradecendo pela oportunidade de aqui estar e, assim, poder desfrutar da vida para, cada vez mais, aprender, crescer e evoluir.


Que assim seja! 











   



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A ESCOLA DA VIDA



"Uns vão, outros vêm. A vida é um processo contínuo e dinâmico dentro do programa divino. Somos pequeninas células deste imenso corpo chamado Universo. Para que se cumpra a vontade de Deus, é necessário as idas e as vindas do espírito, com a finalidade de buscar, cada vez mais, a evolução e o progresso de nossa alma."

Maria Paraguassu


A certeza absoluta da filiação divina permite que tenhamos consciência de que aqui estamos para aprender. Este aprendizado não nos premia com diplomas de honrosas classificações. É uma escola compulsória para todos os que aqui aportam. 

Do primeiro ao último dia de vida no orbe terrestre, o homem estagia na busca de conhecimentos que lhe proporcionem conhecer o amor, adquirir sabedoria, cultivar a caridade, na semeação da paz e da harmonia.

Assim é que, em determinado momento, chega a ocasião da volta. Para aqueles que sofrem intermináveis dores físicas, seja de que origem for, dizemos que este retorno à pátria espiritual, torna-se como que "um descanso" para aquele ser.

Todavia, lembremo-nos sempre de como foi nossa escolaridade terrestre. Será que soubemos fazer a lição com dedicação e amor? Conseguimos resolver os problemas da matemática da vida? Será que escrevemos certo por linhas tortas? Tivemos o cuidado de dividir as alegrias com nossos irmãos, ou apenas multiplicamos desavenças e coisas deste tipo? E a semente de amor plantada por Deus em nosso coração, nasceu e floriu, frutificou e foi distribuída para aqueles que tanto dela necessitavam?

Estamos a ver que, no relatório de nossa vida, as verdades aparecem sem que possamos escondê-las. Estão explícitas como se fossem um espelho de nossa memória.


Muitas vezes, tornamo-nos irreconhecíveis para nós mesmos, quando nos deparamos com as mudanças que ocorrem conosco, afetando a forma de pensar e agir em relação aos demais e vendo os problemas que surgem sob uma ótica mais equilibrada e mais racional.


Realmente, isso pode e deve acontecer na medida em que, quanto mais espiritualizados estivermos, maior será o grau de auto-conhecimento e sabedoria para lidarmos com nossas dúvidas ou enigmas.


A espiritualização ocorre quando aprendemos que todos somos iguais perante o Pai. D'Êle recebemos as mesmas oportunidades de aprendizado e crescimento. Cabe a cada um de nós, cumprir sua parte na tarefa de corresponder ao planejamento de Deus para conosco.


Assim, nascemos, crescemos, desenvolvemo-nos e partimos para uma viagem, cujo bilhete de regresso não tem data prevista. E, se pararmos para pensar, veremos que a vida é uma maravilhosa experiência e que dela não é possível desistir por conta própria e, sim, quando Deus nos chamar para si.


No Evangelho temos todas as respostas para os quesitos que, vez por outra nos assolam, reclamando soluções. Estes questionamentos fazem parte da ignorância que trazemos quando viemos para cá. Devemos, portanto, não só apenas lê-lo como também seguí-lo. Ali encontraremos o material indispensável para que tenhamos condições de viver com amor, caráter e dignidade.


Que nossa passagem por aqui seja marcada pelos mais belos sentimentos de luz e paz. Que tenhamos sempre em mente, as palavras de Cristo, quando nos diz: "Amai ao próximo como a si mesmo, tal como eu vos amo".


Que assim seja!
  

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SELO DE QUALIDADE



Este selo foi-me dado por uma amiga muito querida.
É do Blog da Gi (Gislaine).
Amei o selinho. Muito obrigada, Gi.